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PIB do Brasil recua, consumo das famílias fica estagnado e recuperação econômica perde fôlego

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Foto: Romeo Campos/Futura Press/Estadão Conteúdo
Maior queda foi da agropecuária (-2,8%), seguida pela Indústria (-0,2%). Serviços cresceram 0,7% e consumo das famílias ficou estagnado

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou 0,1% no 2º trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta quarta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números do IBGE mostram que a economia brasileira perdeu fôlego, após avanço de 1,2% nos 3 primeiros meses do ano e depois de 3 trimestres de alta.

Apesar do resultado frustrante, o PIB se manteve no patamar do fim de 2019 ao início de 2020, período pré-pandemia, segundo o IBGE, mas agora está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

O resultado veio mais fraco que o esperado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de um crescimento no segundo trimestre de 0,2%, na comparação trimestral.

Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a R$ 2,1 trilhões.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e durante um certo período e serve como uma espécie de termômetro da evolução da atividade e da capacidade de uma economia gerar riqueza e renda.

Alta de 6,4% no semestre

Frente ao 2º trimestre de 2020, o PIB cresceu 12,4% – maior taxa trimestral de toda a série histórica do PIB, iniciada em 1996.

O IBGE ponderou, no entanto, que este salto se deve à comparação com o trimestre que registrou a taxa negativa mais intensa de toda a série histórica, de -9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e -10,9% na comparação anual. “Estamos comparando este resultado com o pior trimestre da pandemia”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

No primeiro semestre, o PIB acumula alta de 6,4% na comparação com os 6 primeiros meses do ano passado. No acumulado nos quatro trimestres terminados em junho, o avanço foi de 1,8%.

Agricultura e indústria em queda; consumo estagnado

A maior queda foi da agropecuária (-2,8%), afetada por quebra de safras , seguida pela Indústria (-0,2%), que vem sendo abalado pela falta de insumos e custo elevado das matérias-primas. Por outro lado, os serviços cresceram 0,7% na comparação com o 1º trimestre, com o setor sendo impulsionado pelo avanço da vacinação contra a Covid e reabertura das atividades presenciais.

“Apesar dos programas de auxílio do governo, do aumento do crédito a pessoas físicas e da melhora no mercado de trabalho, a massa salarial real vem caindo, afetada negativamente pelo aumento da inflação. Os juros também começaram a subir. Isso impacta o consumo das famílias”, destacou Palis.

Principais destaques do PIB no 2º trimestre
  • Agropecuária: -2,8%
  • Indústria: -0,2%
  • Serviços: 0,7%
  • Consumo das famílias: zero
  • Consumo do governo: 0,7%
  • Investimento (FBCF): -3,6%
  • Importação: -0,6%
  • Exportação: 9,4%
  • Construção: 2,7%
  • Comércio: 0,5%
Fonte: G1

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